Entenda a finalidade e seus diferentes elementos de segurança
O envio e o recebimento de informações sigilosas é uma necessidade antiga, que existe há muito tempo. E foi através dessa carência que a criptografia tornou-se uma ferramenta essencial para que apenas o emissor e o receptor tenham acesso livre às informações – evitando possíveis vazamentos e defraudações.
Ao pé da letra, a Criptografia é um conjunto de regras que visa codificar a informação de forma que só quem envia e recebe consegue decifrar. A tecnologia evoluiu e com isso diferentes avanços foram descobertos. Sendo primordial conhecer cada um deles e suas principais diferenças para entender como tecnologias como os certificados digitais, por exemplo, conseguem proteger seus dados.
Por meio do uso da criptografia você pode:
- proteger os dados sigilosos armazenados em seu computador, como o seu arquivo de senhas e a sua declaração de Imposto de Renda;
- criar uma área (partição) específica no seu computador, na qual todas as informações que forem lá gravadas serão automaticamente criptografadas;
- proteger seus backups contra acesso indevido, principalmente aqueles enviados para áreas de armazenamento externo de mídias;
- proteger as comunicações realizadas pela Internet, como os e-mails enviados/recebidos e as transações bancárias e comerciais realizadas.
Conheça CINCO das criptografias mais usadas e como cada uma delas funciona:
1. DES: o Data Encryption Standard (DES) é uma das primeiras criptografias e é considerada uma proteção básica de poucos bits (cerca de 56). Seu algoritmo é o mais difundido mundialmente e realiza 16 ciclos de codificação para proteger uma informação.
A complexidade e o tamanho das chaves de criptografia são medidos em bits. Quando uma criptografia é feita com 128 bits, significa que 2128 é o número de chaves possíveis para decifrá-la. Atualmente, essa quantidade de bits é considerada segura, mas quanto maior o número, mais elevada será a segurança.
2. 3DES: o Triple DES foi originalmente desenvolvido para substituir o DES, já que os hackers aprenderam a superá-lo com relativa facilidade. Essa criptografia recebe esse nome pelo fato de trabalhar com três chaves de 56 bits cada, o que gera uma chave com o total de 168 bit. Especialistas no tema argumentam que uma chave de 112 bits é suficiente para proteger os dados.
3. DESX: outra variante do DES, o DESX é uma solução bastante simples do algoritmo, mas que aumenta exponencialmente a resistência contra ataques de força bruta sem elevar a sua complexidade computacional.
Basicamente, adicionam-se 64 bits antes da encriptação, o que aumenta a proteção de 120 bits contra força bruta. Atualmente, essa tecnologia não é mais imune contra ataques mais sofisticados, como criptoanálises (o programa evolui a cada tentativa de decifração).
4. AES: o Advanced Encryption Standard (AES) ou “Padrão de Criptografia Avançada”, em português. É o algoritmo padrão do governo dos Estados Unidos e de várias outras organizações. Ele é confiável e excepcionalmente eficiente na sua forma em 128 bits, mas também é possível usar chaves e 192 e 256 bits para informações que precisam de proteção maior.
5. Camellia: desenvolvido em 2000, Camellia é uma criptografia que decifra blocos de informações. Trata-se de uma tecnologia com níveis de segurança bastante semelhantes ao AES, já que pode ser processada em 128, 192 e 256 bits.
Camellia pode ser implementada tanto em softwares, quanto hardwares. Também é compatível com tecnologias mais econômicas de 8 bits (smartcards, sistemas de operação em tempo real etc.) até com processadores mais potentes de 32 bits (computadores de mesa).